-
Um ano do caso Gritzbach: a Caixa de Pandora.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-11-07 03:17
Convidada: Isabela Leite, reporter from GloboNews. Around 4 PM on November 9, 2024, a man with a death sentence arrived in São Paulo on a flight from Maceió. Upon disembarking and leaving Terminal 2, Antônio Vinícius Gritzbach was executed with rifle shots at Cumbica Airport, in Guarulhos. The execution, in the middle of Brazil's largest airport, opened a Pandora's Box about organized crime. In conversation with Natuza Nery in this episode, journalist Isabela Leite recounts this story. GloboNews reporter Isabela recalls the assassination of the man who denounced the PCC and was considered by investigators a "living archive" of the faction. Months before being killed, Gritzbach had closed an agreement with the Public Prosecutor's Office of São Paulo and denounced PCC money laundering schemes, in addition to cases of police corruption. Isabela explains the questions that are still open about the case. She discusses the various lines of investigation opened and how they exposed sophisticated criminal schemes: from police corruption to money laundering using fintechs and construction companies. And she answers how Gritzbach's death shook the police of São Paulo.
Original title: 1 ano do caso Gritzbach: a Caixa de Pandora
Original description: Convidada: Isabela Leite, repórter da GloboNews. Por volta das 16h do dia 8 de novembro de 2024, um homem jurado de morte chegou a São Paulo em um voo vindo de Maceió. Ao desembarcar e sair do Terminal 2, Antônio Vinícius Gritzbach foi executado com tiros de fuzil no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. A execução, no meio do maior aeroporto do Brasil, abria uma Caixa de Pandora sobre o crime organizado. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, a jornalista Isabela Leite reconta essa história. Repórter da GloboNews, Isabela relembra como foi o assassinado do homem que delatou o PCC e era considerado por investigadores um “arquivo vivo” da facção. Meses antes de ser morto, Gritzbach havia fechado um acordo com o Ministério Público de São Paulo e denunciado esquemas de lavagem de dinheiro do PCC, além de casos de corrupção policial. Isabela explica as perguntas que ainda estão em aberto sobre o caso. Ela fala as várias linhas de investigação abertas e como elas escancararam esquemas criminosos sofisticados: da corrupção de policiais à lavagem de dinheiro usando fintechs e construtoras. E responde como a morte de Gritzbach mexeu com as polícias de São Paulo.
-
El debate sobre el narcoterrorismo.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-11-06 03:17
Guests: Maurício Stegemann Dieter, USP criminology professor; and Lincoln Gakiya, São Paulo Gaeco prosecutor. The term narcoterrorism was used by the governor of Rio de Janeiro, Cláudio Castro, on the same day as the operation that ended with 121 deaths, including 4 police officers, in the Alemão and Penha complexes. Since then, the discussion about a project that equates drug trafficking with terrorism has gained traction in the Chamber - and the support of some governors. According to the project under discussion, the application of the Anti-Terrorism Law – created in 2016 - will be extended to criminal organizations and militias. Defended by the opposition, the proposal displeases the government, as Minister Gleisi Hoffmann declared this Wednesday. But what changes, in practice, if drug trafficking is considered terrorism? To answer this question, Natuza Nery receives two guests: Lincoln Gakiya, Prosecutor of Justice of Gaeco of São Paulo, one of the biggest investigators on the PCC; and Maurício Stegemann Dieter, Professor of Criminology at USP. Gakiya answers what could happen to ongoing investigations if the project is approved in Congress. The prosecutor assesses whether it is feasible, from an operational point of view, to transfer investigations that are currently under the competence of state police and bodies to the Federal Police. Maurício details the difference between the crimes of terrorism and trafficking and answers how a possible change could impact the lives of Brazilians.
Original title: A discussão sobre narcoterrorismo
Original description: Convidados: Maurício Stegemann Dieter, professor de criminologia da USP; e Lincoln Gakiya, promotor de justiça do Gaeco de São Paulo. O termo narcoterrorismo foi usado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no mesmo dia da operação que terminou com 121 mortos, entre eles 4 policiais, nos complexos do Alemão e da Penha. Desde então, a discussão sobre um projeto que equipara o crime de tráfico ao de terrorismo ganhou tração na Câmara - e o apoio de alguns governadores. Pelo projeto em discussão, a aplicação da Lei Antiterrorismo – criada em 2016 - será estendida a organizações criminosas e milícias. Defendida pela oposição, a proposta desagrada o governo, como declarou nesta quarta-feira a ministra Gleisi Hoffmann. Mas o que muda, na prática, se o tráfico passar a ser considerado terrorismo? Para responder a esta pergunta, Natuza Nery recebe dois convidados: Lincoln Gakiya, promotor de Justiça do Gaeco de São Paulo, um dos maiores investigadores sobre o PCC; e Maurício Stegemann Dieter, professor de Criminologia da USP. Gakiya responde o que pode acontecer com investigações em curso caso o projeto seja aprovado no Congresso. O promotor avalia se é viável, do ponto de vista operacional, transferir para a Polícia Federal investigações que hoje estão sob competências das polícias e órgãos estaduais. Maurício detalha a diferença entre os crimes de terrorismo e de tráfico e responde como uma eventual mudança pode impactar na vida dos brasileiros.
-
Jovens cooptados pelo tráfico.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-11-05 03:17
Guest: Vanessa Cavalieri, judge of the Children and Youth Court of Rio de Janeiro. Brazil had 12,500 adolescents in restriction and deprivation of liberty in August 2024, according to data from Sinase, the National Socio-Educational Care System, linked to the National Secretariat for the Rights of the Child and Adolescent. Brazilian law provides for a series of ways to guarantee social reintegration and prevent these young people from committing illegal acts again. In a conversation with Natuza Nery in this episode, Judge Vanessa Cavalieri explains what happens from the moment a young person is apprehended. According to her, by inefficiently complying with the first restrictive measure, many of these young people return to trafficking. Vanessa reports how, when apprehended by the police and losing the drugs belonging to the traffic, young people create unpayable debts, generating a "snowball" process, in which one crime leads to another even more serious. Head of the Children and Youth Court of Rio de Janeiro, Vanessa Cavalieri reports what she sees daily in her work with young offenders and what type of investments and social programs would need to be put into practice to reverse this scenario. She lists which social, educational and family factors lead minors to commit illegal acts, in a cycle that is difficult to break.
Original title: Os jovens cooptados pelo tráfico
Original description: Convidada: Vanessa Cavalieri, juíza da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro. O Brasil tinha 12,5 mil adolescentes em restrição e privação de liberdade em agosto de 2024, segundo dados do Sinase, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, ligado à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. A lei brasileira prevê uma série de caminhos para garantir a reinserção social e evitar que esses jovens voltem a cometer atos ilícitos. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, a juíza Vanessa Cavalieri explica o que acontece a partir do momento em que um jovem é apreendido. Segundo ela, ao cumprirem a primeira medida restritiva de forma ineficiente, muitos desses jovens voltam ao tráfico. Vanessa relata como, ao serem apreendidos pela polícia e perderem a droga pertencente ao tráfico, jovens criam dívidas impagáveis, gerando um processo de “bola de neve”, no qual um crime leva a outro ainda mais grave. Titular da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, Vanessa Cavalieri relata o que vê, diariamente, em seu trabalho com jovens infratores e que tipo de investimentos e programas sociais precisariam ser colocados em prática para reverter esse cenário. Ela enumera quais fatores sociais, educacionais e familiares levam menores a cometer atos ilícitos, em um ciclo difícil de ser rompido.
-
O poder das facções no Nordeste.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-11-04 03:17
Guests: Gabriela Azevedo, reporter from g1 Ceará; and Francisco Elionardo de Melo Nascimento, professor and executive coordinator of COVIO, the Laboratory for Studies on Conflictualities and Violence at the State University of Ceará. Brazil's two largest criminal factions were born in the Southeast and, in recent decades, have expanded to other states. An X-ray done by the Ministry of Justice shows that more than half of the criminal organizations operating in national territory are in the Northeast region, including precisely the PCC and Comando Vermelho, the country's two largest factions. The arrival of these criminal groups has provoked a series of territorial disputes, which have aggravated the problem of public security in the states. One of the portraits of this dispute is a "ghost village" in Ceará, as reporter Gabriela Azevedo, from g1 Ceará, tells Natuza Nery in this episode. Gabriela visited this village in the city of Pacatuba, in the Metropolitan Region of Fortaleza. She tells what she saw on the spot and what she heard from residents expelled from the region. Then, Natuza talks with Professor Francisco Elionardo de Melo Nascimento, from the State University of Ceará. Executive coordinator of COVIO, the university's Laboratory for Studies on Conflictualities and Violence, Elionardo details how the expansion of organized crime in the region took place and explains how the expulsion of residents is a recurring practice in the territorial dispute with other criminal groups.
Original title: O poder das facções no Nordeste
Original description: Convidados: Gabriela Feitosa, repórter do g1 Ceará; e Francisco Elionardo de Melo Nascimento, professor e coordenador executivo do COVIO, o Laboratório de Estudos sobre Conflitualidades e Violência da Universidade Estadual do Ceará. As duas maiores facções criminosas do Brasil nasceram no Sudeste e, nas últimas décadas, se expandiram para outros Estados. Um raio-x feito pelo Ministério da Justiça mostra que mais da metade das organizações criminosas que atuam em território nacional está na região Nordeste, entre elas justamente o PCC e o Comando Vermelho, as duas maiores facções do país. A chegada desses grupos criminosos provocou uma série de disputas territoriais, que agravaram o problema da segurança pública nos estados. Um dos retratos desta disputa é uma “vila fantasma” no Ceará, como relata a Natuza Nery neste episódio a repórter Gabriela Feitosa, do g1 Ceará. Gabriela visitou esta vila na cidade de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ela conta o que viu no local e o que ouviu de moradores expulsos da região. Depois, Natuza conversa com o professor Francisco Elionardo de Melo Nascimento, da Universidade Estadual do Ceará. Coordenador-executivo do COVIO, o Laboratório de Estudos sobre Conflitualidades e Violência da universidade, Elionardo detalha como se deu a expansão do crime organizado na região e explica como a expulsão de moradores é prática recorrente na disputa territorial com outros grupos criminosos.
-
Ana Maria Gonçalves, the 1st Black woman in the ABLFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-11-03 03:16
Guest: Ana Maria Gonçalves, author of "A Color Defect". Next Friday (7th), writer Ana Maria Gonçalves will assume Chair No. 33 of the Brazilian Academy of Letters (ABL). The inauguration of the author of the book "A Color Defect" will be historic: for the first time a black woman will have a seat in the 128-year-old institution. On the eve of the event, Ana Maria Gonçalves talks with Natuza Nery. The author of the book that became a landmark of our contemporary culture discusses the place of black women in Brazilian literature. Ana Maria tells how the protagonist Kehinde was built, an African woman who survives the crossing of the Atlantic and the violence of slavery in Brazil. Kehinde was inspired by the life of Luísa Mahin, mother of the poet and lawyer Luiz Gama – a key figure in Brazilian abolitionism. In the conversation, Ana Maria discusses the differences between Brazil in 2006 – the year her main novel was published – and the country today. "A Color Defect" won the Casa de las Américas Prize in 2007, one of the most important in Latin America. In 2024, the book was the theme of the samba plot of the Portela samba school. Throughout the episode, excerpts from "A Color Defect" are read by journalist Maju Coutinho and actor Lázaro Ramos – he gives voice to stanzas of the poem "My Mother", by Luiz Gama, and letters written by the author.
Original title: Ana Maria Gonçalves, a 1ª mulher negra na ABL
Original description: Convidada: Ana Maria Gonçalves, autora de "Um defeito de cor". Na próxima sexta-feira (7), a escritora Ana Maria Gonçalves vai assumir a Cadeira n° 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A posse da autora do livro “Um defeito de cor” será histórica: pela primeira vez uma mulher negra terá assento na instituição de 128 anos. Às vésperas do evento, Ana Maria Gonçalves conversa com Natuza Nery. A autora do livro que se tornou um marco de nossa cultura contemporânea discute o lugar da mulher negra na literatura brasileira. Ana Maria conta como foi a construção da protagonista Kehinde, mulher africana que sobrevive à travessia do Atlântico e à violência da escravidão no Brasil. Kehinde foi inspirada na vida de Luísa Mahin, mãe do poeta e advogado Luiz Gama – figura-chave do abolicionismo brasileiro. Na conversa, Ana Maria discorre sobre as diferenças entre o Brasil de 2006 – ano em que seu principal romance foi publicado – e o país de hoje. "Um defeito de cor" venceu o Prêmio Casa de las Américas, em 2007, um dos mais importantes da América Latina. Em 2024, o livro foi tema do samba-enredo da escola de samba Portela. Ao longo do episódio, trechos de “Um defeito de cor” são lidos pela jornalista Maju Coutinho e pelo ator Lázaro Ramos – ele dá voz a estrofes do poema “Minha Mãe”, de Luiz Gama, e de cartas escritas pelo autor.
-
How to combat organized crime?From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-31 03:17
Guests: Pierpaolo Bottini, lawyer and professor of Criminal Law at the USP Law School; and Rafael Alcadipani, professor at FGV and member of the Brazilian Public Security Forum. In Brazil, 28.5 million people live with organized crime in the neighborhood where they live. This is shown by a Datafolha survey commissioned by the Brazilian Public Security Forum, released on October 16. The data from this survey reveal that criminal factions and militias are present in the daily lives of 19% of Brazilians aged 16 or over – last year, this percentage was 14%. Data from the Ministry of Justice also indicate that 88 criminal factions operate in the country – the largest of these are the PCC and the CV. The mega-operation in Rio de Janeiro against Comando Vermelho, which ended with 121 deaths, including 4 police officers, exposes a question that has haunted the country for decades: how to combat organized crime? To answer this question, Natuza Nery receives two guests: Rafael Alcadipani and Pierpaolo Bottini and Rafael Alcadipani. Professor at FGV and member of the Brazilian Public Security Forum, Alcadipani indicates the pillars of this fight. The professor defends the professionalization of the police, the increase in the Justice system and the improvement in the articulation between the security forces. He points out the need to create an anti-mafia authority, with states and the federal government working together. Then, the conversation is with Pierpaolo Bottini, professor of Criminal Law at the USP Law School. Bottini draws attention to the effectiveness of economically suffocating criminal organizations. For him, it is only by limiting the financial flow of organized crime that it is possible to combat the factions.
Original title: Como combater o crime organizado?
Original description: Convidados: Pierpaolo Bottini, advogado e professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP; e Rafael Alcadipani, professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No Brasil, 28,5 milhões de pessoas convivem com o crime organizado no bairro onde moram. É o que mostra uma pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada no dia 16 de outubro. Os dados dessa pesquisa revelam que facções criminosas e milícias estão presentes no cotidiano de 19% dos brasileiros com 16 anos ou mais – no ano passado, esse percentual era de 14%. Dados do Ministério da Justiça indicam também que 88 facções criminosas atuam no país – as maiores delas são o PCC e o CV. A megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que acabou com 121 mortos, entre eles 4 policiais, expõe uma questão que persegue o país há décadas: como combater o crime organizado? Para responder a esta pergunta, Natuza Nery recebe dois convidados: Rafael Alcadipani e Pierpaolo Bottini e Rafael Alcadipani. Professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Alcadipani sinaliza quais os pilares desse combate. O professor defende a profissionalização das polícias, o incremento do sistema de Justiça e a melhoraria na articulação entre as forças de segurança. Ele aponta a necessidade da criação de uma autoridade antimáfia, com estados e governo federal trabalhando juntos. Depois, a conversa é com Pierpaolo Bottini, professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP. Bottini chama atenção para a eficácia de asfixiar economicamente as organizações criminosas. Para ele, só limitando o fluxo financeiro do crime organizado é possível combater as facções.
-
Politics and public safety in RioFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-30 03:17
Guests: Ricardo Balestreri, coordinator of the Center for Social Urbanism and Public Security at Insper Cidades; and Bernardo Mello Franco, columnist for the newspaper O Globo and commentator for CBN radio. An image marked the day after the deadliest operation in the history of Rio de Janeiro. Dozens of bodies lined up were placed by residents in a square in the Penha Complex, in the North Zone of Rio. With the bodies removed from the forest, the number of deaths in the mega-operation against Comando Vermelho jumped to 121 – including 4 police officers. For the governor of Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), the mega-operation was “a success”. The day after the operation also revealed details of how the police conducted the action: traffickers were attracted to the top of the forest, in a kind of “Bope wall”, as the police detailed. Also on Wednesday (29), the Minister of Justice met with the governor of Rio, and new political clashes over public security were recorded between the federal and state governments. In this episode, Natuza Nery receives Ricardo Balestreri, coordinator of the Center for Social Urbanism and Public Security at Insper Cidades. He analyzes the statements of Cláudio Castro and the strategy adopted by the Rio police in the operation last Tuesday. Balestreri reinforces the need for joint action between all entities of the federation in the fight against organized crime. Afterwards, Natuza talks with journalist Bernardo Mello Franco to explain what answers Cláudio Castro gave about the actions of the security forces and how politics and police mix in Rio de Janeiro. Bernardo also assesses the conduct of the federal government in the case and what kind of impact this type of conflict has on the conduct of public security policies - a topic that most worries the Brazilian population.
Original title: A política e a segurança pública no Rio
Original description: Convidados: Ricardo Balestreri, coordenador do Núcleo de Urbanismo Social e Segurança Pública do Insper Cidades; e Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Uma imagem marcou o dia seguinte à operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Dezenas de corpos enfileirados foram colocados por moradores em uma praça do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Com os corpos retirados da mata, o número de mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho saltou para 121 – entre eles, 4 policiais. Para o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), a megaoperação foi “um sucesso”. O dia seguinte à operação revelou também detalhes de como a polícia conduziu a ação: traficantes foram atraídos para o topo da mata, em uma espécie de “muro do Bope”, como detalhou a polícia. Também na quarta-feira (29), o ministro da Justiça se reuniu com o governador do Rio, e novos embates políticos sobre a segurança pública foram registrados entre os governos federal e do Estado. Neste episódio, Natuza Nery recebe Ricardo Balestreri, coordenador do Núcleo de Urbanismo Social e Segurança Pública do Insper Cidades. É ele quem analisa as declarações de Cláudio Castro e a estratégia adotada pela polícia do Rio na operação da última terça-feira. Balestreri reforça a necessidade de atuação conjunta entre todos os entes da federação no combate ao crime organizado. Depois, Natuza conversa com o jornalista Bernardo Mello Franco para explicar quais foram as respostas dadas por Cláudio Castro sobre a atuação das forças de segurança e como política e polícia se misturam no Rio de Janeiro. Bernardo avalia também a condução do governo federal no caso e que tipo de impacto esse tipo de conflito tem na condução das políticas de segurança pública - tema que mais preocupa a população brasileira.
-
The war in Rio.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-29 03:18
Convidados: Henrique Coelho, repórter do g1 Rio; e Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. A megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha terminou com mais de 60 mortos. Uma guerra entre policiais e traficantes, que se transformou na operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Durante a operação - iniciada ainda na madrugada da terça-feira na Zona Norte do Rio -, bandidos espalharam barricadas pela cidade. Na ofensiva contra policiais, criminosos lançaram drones com bombas e usaram armamento de guerra: mais de 90 fuzis foram apreendidos. A terça-feira de caos no Rio de Janeiro expôs a capacidade bélica das facções. Um estudo do Instituto Sou da Paz calcula que, só no ano de 2023, 1.655 fuzis foram apreendidos na região Sudeste - berço das principais organizações criminosas do Brasil. Neste episódio, Natuza Nery recebe Henrique Coelho, repórter do g1 Rio, para relatar como foi o dia de caos na capital fluminense. Henrique explica as particularidades geográficas dos complexos do Alemão e da Penha, onde o Comando Vermelho tem raízes. Ele fala também sobre como a operação se transformou em motivo de desavença entre o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), e o governo federal. Depois, Natuza conversa com Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. Carolina traça um retrato do tipo de armamento que está sob o poder de facções criminosas – e explica o caminho que elas fazem até chegar às mãos do crime. E conclui que tipo de medidas é preciso tomar para que armamentos de guerra não circulem no país.
Original title: A guerra no Rio
Original description: Convidados: Henrique Coelho, repórter do g1 Rio; e Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. A megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha terminou com mais de 60 mortos. Uma guerra entre policiais e traficantes, que se transformou na operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Durante a operação - iniciada ainda na madrugada da terça-feira na Zona Norte do Rio -, bandidos espalharam barricadas pela cidade. Na ofensiva contra policiais, criminosos lançaram drones com bombas e usaram armamento de guerra: mais de 90 fuzis foram apreendidos. A terça-feira de caos no Rio de Janeiro expôs a capacidade bélica das facções. Um estudo do Instituto Sou da Paz calcula que, só no ano de 2023, 1.655 fuzis foram apreendidos na região Sudeste - berço das principais organizações criminosas do Brasil. Neste episódio, Natuza Nery recebe Henrique Coelho, repórter do g1 Rio, para relatar como foi o dia de caos na capital fluminense. Henrique explica as particularidades geográficas dos complexos do Alemão e da Penha, onde o Comando Vermelho tem raízes. Ele fala também sobre como a operação se transformou em motivo de desavença entre o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), e o governo federal. Depois, Natuza conversa com Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. Carolina traça um retrato do tipo de armamento que está sob o poder de facções criminosas – e explica o caminho que elas fazem até chegar às mãos do crime. E conclui que tipo de medidas é preciso tomar para que armamentos de guerra não circulem no país.
-
Lula with Trump, and the construction of an agreementFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-28 03:17
Guest: Matias Spektor, professor at the School of International Relations of the Getulio Vargas Foundation of São Paulo. A day after meeting in Malaysia, the presidents of Brazil and the USA set the tone for the meeting. Lula was confident and said that the two countries should close an agreement on tariffs. On the other side, Trump said he doesn't know if anything will happen. This Monday (27th), Trump also wished Lula a happy 80th birthday and praised the Brazilian president. The meeting between the two illustrates a relaxation in the relationship between Brazil and the USA, but it does not yet represent a definitive solution to the tariff imposed by Trump on Brazilian products. In conversation with Natuza Nery in this episode, Professor Matias Spektor explains what happens from now on and what is on the negotiating table, which officially started this Monday. Professor of International Relations at FGV-SP, Spektor answers what still needs to be done so that Brazilian products are no longer taxed at 50%: "this process will take months, but the direction is very positive for Brazil," he says. He analyzes the political reflections - both for Lula and Trump - of the rapprochement between the two presidents.
Original title: Lula com Trump, e a construção de um acordo
Original description: Convidado: Matias Spektor, professor titular da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Um dia depois de se reunirem na Malásia, os presidentes do Brasil e dos EUA deram o tom de como foi o encontro. Lula se mostrou confiante e disse que os dois países devem fechar um acordo sobre as tarifas. Do outro lado, Trump afirmou que não sabe se algo vai acontecer. Nesta segunda-feira (27), Trump também desejou feliz aniversário pelos 80 anos de Lula e fez elogios ao presidente brasileiro. A reunião entre os dois ilustra uma distensão na relação entre Brasil e EUA, mas ainda não representa uma solução definitiva para o tarifaço imposto por Trump aos produtos brasileiros. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, o professor Matias Spektor explica o que acontece a partir de agora e o que está na mesa de negociações, que começaram oficialmente nesta segunda-feira. Professor de Relações Internacionais da FGV-SP, Spektor responde o que ainda precisa ser feito para que os produtos brasileiros deixem de ser taxados em 50%: “esse processo vai levar meses, mas a direção é muito positiva para o Brasil”, diz. Ele analisa os reflexos políticos - tanto para Lula quanto para Trump - da aproximação entre os dois presidentes.
-
Resistência ucraniana e pressão contra a RússiaFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-27 03:17
Guest: Fabrício Vitorino, journalist, master in Russian culture from USP and PhD candidate in International Relations at UFSC. In the geopolitical arena, new movements may compromise Vladimir Putin's objectives. Last week, after Donald Trump canceled a meeting with the Russian president, the US sanctioned the country's two largest oil companies. Subsequently, the European Union announced a new round of sanctions against Russia, including a threat to confiscate around 140 billion euros to compensate Ukraine. On the war front, Moscow's offensives continue with more force than before. This is what journalist and Russian culture expert Fabrício Vitorino saw firsthand. Guest of Natuza Nery in this episode, Fabrício traveled through a large part of Ukrainian territory in October. He reports the hours of tension he experienced during the biggest bombing suffered by Lviv, a city in western Ukraine — a region not even claimed by Moscow. Fabrício also recounts the forms of resistance expressed by the population of Odessa, in the south, where Russian attacks have become routine. Finally, he analyzes the possible next steps of Trump, Putin and Zelensky in the search for a ceasefire agreement.
Original title: A resistência ucraniana e a pressão contra a Rússia
Original description: Convidado: Fabrício Vitorino, jornalista, mestre em cultura russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC. No tabuleiro da geopolítica, novos movimentos podem comprometer os objetivos de Vladimir Putin. Na última semana, depois que Donald Trump cancelou um encontro com o presidente russo, os EUA sancionaram as duas maiores companhias de petróleo do país. Na sequência, a União Europeia anunciou nova rodada de sanções contra a Rússia, inclusive com ameaça de confiscar cerca de 140 bilhões de euros para indenizar a Ucrânia. Já no front de guerra, as ofensivas de Moscou seguem com mais força que antes. Foi o que viu in loco o jornalista e especialista em cultura russa Fabrício Vitorino. Convidado de Natuza Nery neste episódio, Fabrício circulou por grande parte do território ucraniano em outubro. Ele relata as horas de tensão que viveu durante o maior bombardeio sofrido por Lviv, cidade que fica no oeste da Ucrânia — uma região que sequer é reivindicada por Moscou. Fabrício conta também as formas de resistência expressadas pela população de Odessa, no sul, onde os ataques russos já se tornaram rotina. Por fim, ele analisa os possíveis próximos passos de Trump, Putin e Zelensky na busca por um acordo de cessar-fogo.
-
O assassinato de Vladimir Herzog, 50 anos depois.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-24 03:17
Guests: Ivo Herzog, son of Vladimir Herzog, founder and president of the Vladimir Herzog Institute Council; and Rogério Sottili, executive director of the Vladimir Herzog Institute. October 24, 1975, a Friday: journalist Vladimir Herzog, then director of the journalism department at TV Cultura, was summoned by agents of the military dictatorship to testify about his relationship with the Brazilian Communist Party. Vlado, who had no connection with the party, voluntarily presented himself the next morning at the DOI-Codi in Vila Mariana, São Paulo. On the afternoon of October 25, Vlado was dead. The regime, then in the hands of Ernesto Geisel, tried to cover up the crime with a lie. The allegation was that Vlado had committed suicide. His wife, Clarice, always denied it. The staged photo of the journalist's body — with a belt around his neck, knees bent and feet touching the ground — became a symbol of the State's brutality during the dictatorship. On the 50th anniversary of Vladimir Herzog's death, Natuza Nery talks with Ivo Herzog, the journalist's son and director of the institute that bears his father's name. Ivo, who was 9 years old when his father was tortured and killed, recalls the day Vlado was summoned by the dictatorship and what happened soon after his death. Ivo talks about the role of the families of victims in the struggle for justice for the disappeared and murdered during the dictatorship. Afterwards, the conversation is with Rogério Sottili, executive director of the Vladimir Herzog Institute.
Original title: O assassinato de Vladimir Herzog, 50 anos depois
Original description: Convidados: Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, fundador e presidente do Conselho do Instituto Vladimir Herzog; e Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog. 24 de outubro de 1975, uma sexta-feira: o jornalista Vladimir Herzog, então diretor do departamento de jornalismo da TV Cultura, foi convocado por agentes da ditadura militar a depor sobre sua relação com o Partido Comunista Brasileiro. Vlado, que não tinha relação com o partido, se apresentou voluntariamente na manhã do dia seguinte no DOI-Codi da Vila Mariana, em São Paulo. Na tarde do dia 25 de outubro, Vlado estava morto. O regime, à época nas mãos de Ernesto Geisel, tentou encobrir o crime com uma mentira. A alegação era de que Vlado tinha cometido suicídio. A esposa dele, Clarice, sempre negou. A foto encenada do corpo do jornalista — com um cinto no pescoço, joelhos dobrados e os pés tocando o chão — tornou-se símbolo da brutalidade do Estado na ditadura. Nos 50 anos da morte de Vladimir Herzog, Natuza Nery conversa com Ivo Herzog, filho do jornalista e diretor do instituto que leva o nome de seu pai. Ivo, que tinha 9 anos quando o pai foi torturado e morto, relembra o dia em que Vlado foi convocado pela ditadura e o que se passou logo após sua morte. Ivo fala do papel das famílias de vítimas na luta por justiça pelos desaparecidos e assassinados na ditadura. Depois, a conversa é com Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog.
-
Geração Z protestsFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-23 03:17
Guest: Oliver Stuenkel, FGV International Relations professor, Harvard University and Carnegie Endowment researcher. Nepal, Madagascar, Kenya, Morocco, Peru, Indonesia... Demonstrations led by Generation Z youth – born from mid-1990s to early 2010s – have spread worldwide. In Nepal and Madagascar, the wave of demonstrations overthrew the governments. In Peru, the newly appointed president decreed 30 days of emergency amidst the wave of violence. Motivated by different reasons, all these protests have a massive presence of young people dissatisfied with the political and economic elites, in a scenario of "palpable pessimism" that drives mobilizations. This is what Oliver Stuenkel explains in conversation with Natuza Nery in this episode. Oliver talks about how Generation Z perceives that political elites are "disconnected" from the real problems of the population's daily life. Professor of International Relations at FGV, researcher at Harvard University and the Carnegie Endowment, in the USA, Oliver assesses what unites these young people in different parts of the world. "They all have common agendas, which explains the use of similar symbols," he says, citing the use of the pirate flag from the anime series "One Piece." Oliver highlights the fundamental role of social media in the organization and spread of protests. And he reflects on the risk of authoritarian advancement, citing the case of Madagascar, where the demonstrations overthrew the government, but an Army colonel took power.
Original title: Os protestos da geração Z
Original description: Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment. Nepal, Madagascar, Quênia, Marrocos, Peru, Indonésia... Manifestações lideradas por jovens da geração Z – nascidos da metade de 1990 até o início da década de 2010 - têm se espalhado pelo mundo. No Nepal e em Madagascar, a onda de manifestações derrubou os governos. No Peru, o presidente recém-empossado decretou 30 dias de emergência em meio à onda de violência. Motivados por diferentes razões, todos estes protestos têm presença maciça de jovens descontentes com as elites políticas e econômicas, em um cenário de “pessimismo palpável” que impulsiona mobilizações. É o que explica Oliver Stuenkel em conversa com Natuza Nery neste episódio. Oliver fala como a geração Z tem a percepção de que as elites políticas estão “desconectadas” dos problemas reais do dia a dia da população. Professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment, nos EUA, Oliver avalia o que une esses jovens em diferentes pontos do mundo. “Todos eles têm pautas em comum, o que explica o uso de símbolos parecidos”, diz, ao citar o uso da bandeira pirata da série de anime “One Piece”. Oliver destaca o papel fundamental das redes sociais para a organização e espalhamento dos protestos. E reflete sobre o risco de avanço autoritário, ao citar o caso de Madagascar, onde as manifestações derrubaram o governo, mas um coronel do Exército assumiu o poder.
-
The anatomy of patches.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-22 03:17
Guest: Thiago Faria, policy coordinator for the O Globo newspaper in Brasília. In December 2022, the Supreme Court ended the rapporteur's amendments. Since then, another type of parliamentary amendment has gained prominence: PIX amendments. In this type of amendment, local governments and municipalities indicated by parliamentarians receive money from Union resources directly into their accounts. According to the Comptroller General of the Union (CGU), the amount transferred to local governments and municipalities through PIX amendments grew almost 13 times between 2020 and 2024. This year, out of a total of R$50 billion in parliamentary amendments, almost R$8 billion were allocated to this modality – money that is even more difficult to track. This Thursday (23), the STF will hold a public hearing in which Congress needs to explain whether it has managed to increase the transparency and traceability of these amendments. In this episode, Natuza Nery receives journalist Thiago Faria, policy coordinator for the O Globo newspaper in Brasília. Author of a report entitled "The amendment disappeared," Thiago recounts what he discovered while investigating the fate of parliamentary amendments across the country. He explains how billions of reais are "scattered" into bank accounts of various municipalities. The journalist recounts what he heard from residents, mayors and parliamentarians about the money that should be spent on works and benefits for the population. He cites the case of the city of Zabelê, in Paraíba, a city of just over 2,000 inhabitants that received R$3 million in 2023 for the construction of a park: "today the park does not exist, and the money has disappeared," he says.
Original title: A anatomia das emendas
Original description: Convidado: Thiago Faria, coordenador de política do jornal O Globo em Brasília. Em dezembro de 2022, o Supremo colocou fim às emendas do relator. Desde então, uma outra modalidade de emenda parlamentar ganhou protagonismo: as emendas PIX. Neste tipo de emenda, governos locais e municípios indicados por parlamentares recebem, direto na conta, dinheiro de recursos da União. De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), o valor repassado a governos locais e prefeituras por meio das emendas PIX cresceu quase 13 vezes entre 2020 e 2024. Neste ano, de um total de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares, quase R$ 8 bilhões foram destinadas nesta modalidade – um dinheiro ainda mais difícil de rastrear. Nesta quinta-feira (23), o STF terá uma audiência pública na qual o Congresso precisa explicar se conseguiu ampliar a transparência e a rastreabilidade dessas emendas. Neste episódio, Natuza Nery recebe o jornalista Thiago Faria, coordenador de política do jornal O Globo em Brasília. Autor de uma reportagem com o título “A emenda sumiu”, Thiago relata o que descobriu ao investigar o destino de emendas parlamentares pelo país. Ele explica como bilhões de reais são “pulverizados” em contas bancárias de diversos municípios. O jornalista conta o que ouviu de moradores, prefeitos e parlamentares sobre o dinheiro que deveria ser gasto em obras e benefícios para a população. Ele cita o caso da cidade de Zabelê, na Paraíba, cidade de pouco mais de 2 mil habitantes que recebeu R$ 3 milhões em 2023 para a construção de um parque: “hoje o parque não existe, e o dinheiro sumiu”, conta.
-
Protests challenging TrumpFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-21 03:16
Guest: Mauricio Moura, founder of the IDEIA Research Institute and Professor at George Washington University. Under the motto “No Kings,” millions of protesters took to the streets in over 2,600 US cities last Saturday. An estimated 10 million people participated in the protests – marked by the presence of children and families, and with protesters even wearing costumes. Participants criticize what they see as a shift towards authoritarianism in President Donald Trump's administration. In response, Trump posted an artificially intelligent video mocking the protesters. In the video, the president appeared wearing a crown and piloting a plane with the words "King Trump". The president's party downplayed the acts and stated that they are "anti-American". This was the third mass mobilization since Trump's return to the White House, and occurred amid a government shutdown. In addition to having federal services closed, the US is experiencing a test of the balance of powers. In this episode, Natuza Nery receives Mauricio Moura, founder of the IDEIA Research Institute and professor at George Washington University. Mauricio assesses the scope of the latest protests against Trump and answers what is the degree of governability of the American president with his current level of popularity.
Original title: Os protestos que desafiam Trump
Original description: Convidado: Mauricio Moura, fundador do Instituto de Pesquisa IDEIA e Professor da Universidade George Washington. Com o lema “No Kings” (Sem Reis, na tradução livre), milhões de manifestantes tomaram ruas de mais de 2.600 cidades dos EUA no último sábado. A estimativa é de que até 10 milhões de pessoas participaram dos protestos – marcados pela presença de crianças e famílias, e com manifestantes vestindo até fantasias. Os participantes criticam o que veem como uma guinada ao autoritarismo na gestão do presidente Donald Trump. Em resposta, Trump postou um vídeo feito com inteligência artificial zombando dos manifestantes. No vídeo, o presidente aparecia usando uma coroa e pilotando um avião com os dizeres “King Trump” (“Rei Trump”). O partido do presidente minimizou os atos e afirmou que eles são “antiamericanos”. Esta foi a terceira mobilização em massa desde a volta de Trump à Casa Branca, e ocorreu em meio a uma paralisação do governo. Além de estar com os serviços federais fechados, os EUA convivem com um teste de equilíbrio de poderes. Neste episódio, Natuza Nery recebe Mauricio Moura, fundador do Instituto de Pesquisa IDEIA e professor da Universidade George Washington. Mauricio avalia a dimensão dos mais recentes protestos contra Trump e responde qual é o grau de governabilidade do presidente americano com seu atual nível de popularidade.
-
Reducing inequality and Brazil's challenges.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-20 03:17
Guest: Marcelo Neri, economist and director of FGV Social. Income inequality in Brazil reached its lowest level in history in 2024, according to IBGE data. Also last year, the average income of Brazilians increased. Between 2022 and 2024, 17 million Brazilians escaped poverty. These positive data are joined by others: in addition to the average income of Brazilians having increased, the country left the UN hunger map after 3 years. Despite the positive results, there is still a long way to go. For 77% of Brazilians, the country is still very unequal. In 2024, the richest 1% of the country's population had an average income 30.5 times higher than the poorest half of the population. Numbers that reveal a structural inequality. To analyze what the indicators reveal about the current status of Brazilian inequality, Victor Boyadjian listens to economist Marcelo Neri. Director of FGV Social, Neri outlines the set of factors that led to the improvement of the Brazilian scenario. "Objective data show that income has never been so high. Poverty has never been so low," he says. Marcelo answers what role the improvement of the labor market and the income of Brazilians played in the recent results and what needs to be done for Brazil to escape the paradox of being an unequal country. "Growth is fundamental. But it is necessary to combat inequality using the instruments we have," he says, citing Bolsa Família and other social programs. And he concludes: "if we implement policies to combat [poverty], inequality will fall".
Original title: A redução da desigualdade e os desafios do Brasil
Original description: Convidado: Marcelo Neri, economista e diretor do FGV Social. A desigualdade de renda no Brasil atingiu o menor nível da história em 2024, segundo dados do IBGE. Também no ano passado, o rendimento médio do brasileiro aumentou. Entre 2022 e 2024, 17 milhões de brasileiros saíram da situação de pobreza. A estes dados se somam outros positivos: além de a renda média do brasileiro ter aumentado, o país deixou o mapa da fome da ONU depois de 3 anos. Apesar dos resultados positivos, ainda há um longo caminho a percorrer. Para 77% dos brasileiros, o país ainda é muito desigual. Em 2024, 1% da população mais rica do país tinha rendimento médio 30,5 vezes superior à metade da população mais pobre. Números que revelam uma desigualdade estrutural. Para analisar o que os indicadores revelam sobre o atual status da desigualdade brasileira, Victor Boyadjian ouve o economista Marcelo Neri. Diretor do FGV Social, Neri desenha o conjunto de fatores que levaram à melhora do cenário brasileiro. “Os dados objetivos mostram que a renda nunca esteve tão alta. A pobreza nunca esteve tão baixa”, diz. Marcelo responde qual o papel da melhora do mercado de trabalho e da renda do brasileiro nos resultados recentes e o que é preciso fazer para o Brasil sair do paradoxo de ser um país desigual. “Crescimento é fundamental. Mas é preciso combater a desigualdade usando os instrumentos que a gente tem”, afirma, citando o Bolsa Família e outros programas sociais. E conclui: "se a gente fizer política de combate [à pobreza], a desigualdade cai”.
-
Brazil-US meeting and the Venezuela factor.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-17 03:17
Convidado: Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly e analista político especializado em América Latina. A portas fechadas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu nesta quinta-feira (16) em Washington com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. O encontro na Casa Branca durou cerca de 1h15 e resultou em uma “conversa muito produtiva”, segundo Mauro Vieira afirmou em pronunciamento. O tarifaço de 50% dos Estados Unidos a produtos brasileiros foi um dos principais temas, segundo o ministro de Relações Exteriores. O ministro afirmou que “prevaleceu uma atitude construtiva” na reunião, marcada por um tom de cooperação e respeito mútuo. O encontro aconteceu na semana seguinte ao telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, e foi interpretado como um passo na tentativa de distensão entre Brasil e Estados Unidos. Em conversa com Natuza Nery pouco após o encontro acabar, Brian Winter, analista político especializado em América Latina, explica o momento da relação entre os dois países. Editor-chefe da revista Americas Quarterly, Brian avalia que a reserva de terras raras do Brasil, a segunda maior do mundo, pode ser um ponto de unidade entre os dois países. Brian também responde como a ameaça de Trump de atacar a Venezuela esbarra no Brasil, e quais as consequências para a América Latina. Nesta semana, o presidente dos EUA confirmou ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela de Nicolás Maduro e disse estudar ataques terrestres contra cartéis de drogas em solo venezuelano. Guest: Brian Winter, editor-in-chief of Americas Quarterly magazine and political analyst specializing in Latin America. Behind closed doors, Brazil's Foreign Minister Mauro Vieira met this Thursday (16th) in Washington with US Secretary of State Marco Rubio. The meeting at the White House lasted about 1 hour and 15 minutes and resulted in a "very productive conversation," according to Mauro Vieira in a statement. The United States' 50% tariff increase on Brazilian products was one of the main topics, according to the Foreign Minister. The minister stated that "a constructive attitude prevailed" at the meeting, marked by a tone of cooperation and mutual respect. The meeting took place the week after the phone call between Presidents Luiz Inácio Lula da Silva and Donald Trump, and was interpreted as a step in the attempt to ease tensions between Brazil and the United States. In a conversation with Natuza Nery shortly after the meeting ended, Brian Winter, a political analyst specializing in Latin America, explains the current state of relations between the two countries. Editor-in-chief of Americas Quarterly magazine, Brian believes that Brazil's rare earth reserves, the second largest in the world, could be a point of unity between the two countries. Brian also answers how Trump's threat to attack Venezuela affects Brazil, and what the consequences are for Latin America. This week, the US president confirmed that he had authorized secret operations by the Central Intelligence Agency (CIA) in Nicolás Maduro's Venezuela and said he was studying ground attacks against drug cartels on Venezuelan soil.
Original title: O encontro Brasil-EUA e o fator Venezuela
Original description: Convidado: Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly e analista político especializado em América Latina. A portas fechadas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu nesta quinta-feira (16) em Washington com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. O encontro na Casa Branca durou cerca de 1h15 e resultou em uma “conversa muito produtiva”, segundo Mauro Vieira afirmou em pronunciamento. O tarifaço de 50% dos Estados Unidos a produtos brasileiros foi um dos principais temas, segundo o ministro de Relações Exteriores. O ministro afirmou que “prevaleceu uma atitude construtiva” na reunião, marcada por um tom de cooperação e respeito mútuo. O encontro aconteceu na semana seguinte ao telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, e foi interpretado como um passo na tentativa de distensão entre Brasil e Estados Unidos. Em conversa com Natuza Nery pouco após o encontro acabar, Brian Winter, analista político especializado em América Latina, explica o momento da relação entre os dois países. Editor-chefe da revista Americas Quarterly, Brian avalia que a reserva de terras raras do Brasil, a segunda maior do mundo, pode ser um ponto de unidade entre os dois países. Brian também responde como a ameaça de Trump de atacar a Venezuela esbarra no Brasil, e quais as consequências para a América Latina. Nesta semana, o presidente dos EUA confirmou ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela de Nicolás Maduro e disse estudar ataques terrestres contra cartéis de drogas em solo venezuelano.
-
The shift in the relationship between the government and the Centrão.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-16 03:17
Convidados: Guilherme Balza, GloboNews Brasília; Cláudio Couto, FGV-SP. Planalto derrotado na Câmara. Centrão votou contra. Governo demite indicados do Centrão. Natuza Nery entrevista Guilherme Balza sobre as demissões. Ele explica o cálculo do governo. Depois, Cláudio Couto explica "governo congressual" e analisa a retaliação.
Original title: A virada na relação entre governo e Centrão
Original description: Convidados: Guilherme Balza, repórter de política da GloboNews em Brasília; e Cláudio Couto, cientista político e professor da FGV-SP. Na semana passada, o Planalto sofreu uma derrota na Câmara após os deputados retirarem da pauta uma Medida Provisória que ajudaria o governo a cumprir a meta fiscal do próximo ano. Um revés que teve a participação da base aliada – parlamentares do Centrão votaram contra os interesses do governo. Passado para trás e fortalecido pelas últimas pesquisas de opinião, o governo resolveu adotar uma medida: deu início a uma série de demissões em cargos comissionados cujos indicados são patrocinados por partidos do Centrão. A ideia é tirar das mãos dos “infieis” vagas do chamado “segundo escalão’. Para contar os bastidores das demissões, Natuza Nery conversa com Guilherme Balza, repórter de política da GloboNews em Brasília. Ele explica qual o cálculo do governo para tirar cargos de segundo escalão das mãos do Centrão justamente neste momento. Depois, a conversa é com Cláudio Couto, cientista político e professor da FGV de São Paulo na Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo). Cláudio explica o conceito de “governo congressual”, usado por ele para explicar o jogo de forças entre Executivo e Legislativo. E analisa qual o grau de ineditismo da retaliação adotada pelo Planalto após ser traído por parlamentares de sua base aliada.
-
IA na educação: desafios e oportunidades.From 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-15 03:17
Guests: Nara Fernandes de Oliveira, public school teacher from RJ, and Paulo Blikstein, associate professor at the School of Education and Director of the Lemann Center for Brazilian Studies at Columbia University (USA). More than half of Brazilian teachers say they have incorporated artificial intelligence into their work routine. This is according to a survey released by the OECD (Organization for Economic Cooperation and Development) in early October: 56% of teachers in the country use technology to prepare classes and seek new forms of teaching — an index 20 percentage points above the average of developed countries. The data reinforces how, even in a scenario of technological inequality, AI was quickly absorbed into educational practices. An advance that is accompanied by obstacles. The same survey indicates that 64% of teachers say they do not have the knowledge or skills necessary to use AI tools, and six out of ten say that the schools where they work lack adequate infrastructure to deal with this type of tool. In this episode, Victor Boyadjian talks with Nara Fernandes de Oliveira, a teacher who explains how artificial intelligence has already changed the way she prepares classes. Nara, who teaches at the Barão de Tefé State College, in Seropédica (RJ), gives examples of how artificial intelligence is being used, in practice, in the classroom and in the relationship with students. And what are the challenges she faces. On this Teachers' Day, Nara answers whether she fears for the future of the profession from the use of this type of technology. To explain how AI can support the learning process without replacing students' cognitive effort, Victor receives Paulo Blikstein, associate professor at the School of Education and director of the Lemann Center for Brazilian Studies at Columbia University. He details how artificial intelligence can be used to develop essential skills in teaching.
Original title: IA na educação: desafios e oportunidades
Original description: Convidados: Nara Fernandes de Oliveira, professora da rede pública do RJ, e Paulo Blikstein, professor livre-docente da Escola de Educação e Diretor do Centro Lemann de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia (EUA). Mais da metade dos professores brasileiros diz ter incorporado a inteligência artificial à rotina de trabalho. É o que mostra uma pesquisa divulgada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no início de outubro: 56% dos docentes no país usam a tecnologia para preparar aulas e buscar novas formas de ensino — um índice 20 pontos percentuais acima da média dos países desenvolvidos. O dado reforça como, mesmo em um cenário de desigualdade tecnológica, a IA foi rapidamente absorvida em práticas educacionais. Um avanço que vem acompanhado de obstáculos. A mesma pesquisa aponta que 64% dos professores afirmam não ter o conhecimento nem as habilidades necessárias para usar ferramentas de IA, e seis em cada dez dizem que as escolas onde trabalham carecem de infraestrutura adequada para lidar com esse tipo de ferramenta. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Nara Fernandes de Oliveira, professa que explica como a inteligência artificial já mudou a maneira como ela prepara aulas. Nara, que leciona no Colégio Estadual Barão de Tefé, em Seropédica (RJ), dá exemplos de como a inteligência artificial está sendo usada, na prática, em sala e na relação com os alunos. E quais são os desafios com os quais ela se depara. Neste dia dos professores, Nara responde se ela teme pelo futuro da profissão a partir do uso desse tipo de tecnologia. Para explicar como a IA pode apoiar o processo de aprendizado sem substituir o esforço cognitivo dos estudantes, Victor recebe Paulo Blikstein, professor livre-docente da Escola de Educação e diretor do Centro Lemann de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia. Ele detalha de que forma a inteligência artificial pode ser usada para desenvolver habilidades essenciais no ensino.
-
The release of the hostages and the reconstruction of GazaFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-14 03:20
Convidados: Murilo Salviano, correspondente da TV Globo na Europa e enviado especial ao Oriente Médio. Ele conversa com Natuza Nery direto de Jerusalém. E Hussein Ali Kalout, cientista político, pesquisador da Universidade Harvard e conselheiro do CEBRI, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais. O dia 13 de outubro de 2025 marcou a libertação dos últimos 20 reféns israelenses que ainda eram mantidos vivos pelo grupo terrorista Hamas. Nesta segunda-feira, eles foram soltos após mais de 700 dias de cativeiro – ainda há expectativa para a devolução dos corpos de outros mais 20 reféns mortos. A libertação é parte do acordo que fez Israel liberar quase 2 mil presos palestinos. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no parlamento de Israel e falou em “fim da era do terror e da morte”. Depois, Trump embarcou para o Egito, onde assinou um cessar-fogo para Gaza junto com outros líderes árabes - sem representantes de Israel e do Hamas. O plano dá início a uma nova fase para um plano de paz na região e a reconstrução de Gaza depois de dois anos de uma guerra que matou mais de 60 mil palestinos. Trump afirmou que a segunda etapa do acordo já começou. Enviado especial da Globo para o Oriente Médio, o correspondente Murilo Salviano relata a Natuza Nery o que viu no dia considerado histórico pelos dois lados do conflito. Direto de Jerusalém, Murilo conta como o momento é de “alívio” para israelenses e palestinos. Ele descreve a situação em Israel e o que ouviu de palestinos sobre a promessa de pausa neste conflito histórico. Depois, Natuza conversa com Hussein Ali Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Kalout, que também é pesquisador da Universidade Harvard, analisa o acordo anunciado por Trump – e os significados de o texto ter sido assinado com outros líderes árabes, sem a presença de Netanyahu e do Hamas. Ele explica qual é o grande desafio para a reconstrução da Faixa de Gaza, onde itens básicos, como água e comida, são escassos para uma população devastada pela guerra.
Original title: A libertação dos reféns e a reconstrução de Gaza
Original description: Convidados: Murilo Salviano, correspondente da TV Globo na Europa e enviado especial ao Oriente Médio. Ele conversa com Natuza Nery direto de Jerusalém. E Hussein Ali Kalout, cientista político, pesquisador da Universidade Harvard e conselheiro do CEBRI, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais. O dia 13 de outubro de 2025 marcou a libertação dos últimos 20 reféns israelenses que ainda eram mantidos vivos pelo grupo terrorista Hamas. Nesta segunda-feira, eles foram soltos após mais de 700 dias de cativeiro – ainda há expectativa para a devolução dos corpos de outros mais 20 reféns mortos. A libertação é parte do acordo que fez Israel liberar quase 2 mil presos palestinos. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no parlamento de Israel e falou em “fim da era do terror e da morte”. Depois, Trump embarcou para o Egito, onde assinou um cessar-fogo para Gaza junto com outros líderes árabes - sem representantes de Israel e do Hamas. O plano dá início a uma nova fase para um plano de paz na região e a reconstrução de Gaza depois de dois anos de uma guerra que matou mais de 60 mil palestinos. Trump afirmou que a segunda etapa do acordo já começou. Enviado especial da Globo para o Oriente Médio, o correspondente Murilo Salviano relata a Natuza Nery o que viu no dia considerado histórico pelos dois lados do conflito. Direto de Jerusalém, Murilo conta como o momento é de “alívio” para israelenses e palestinos. Ele descreve a situação em Israel e o que ouviu de palestinos sobre a promessa de pausa neste conflito histórico. Depois, Natuza conversa com Hussein Ali Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Kalout, que também é pesquisador da Universidade Harvard, analisa o acordo anunciado por Trump – e os significados de o texto ter sido assinado com outros líderes árabes, sem a presença de Netanyahu e do Hamas. Ele explica qual é o grande desafio para a reconstrução da Faixa de Gaza, onde itens básicos, como água e comida, são escassos para uma população devastada pela guerra.
-
A saída antecipada de Barroso e o futuro do STFFrom 🇧🇷 O Assunto, published at 2025-10-13 03:17
Guest: Felipe Recondo, journalist and researcher of the STF's history. Announced on Thursday (9th), Minister Luís Roberto Barroso's early retirement paves the way for President Luiz Inácio Lula da Silva (PT) to make a new nomination to the Supreme Federal Court. Nominated by President Dilma Rousseff in 2013, Barroso would have been entitled to remain on the Supreme Court until 2033 – when he turns 75. In this episode, Natuza Nery talks with Felipe Recondo, a journalist who researches the history of the Supreme Court. Recondo revisits Barroso's profile, recalls the minister's positions in landmark trials, and points out what to expect from the Court from now on. He answers what are the chances of each of the most speculated names for Barroso's vacancy. Author of the books “The Eleven” and “The Tribune: How the Supreme Court united in the face of the authoritarian threat,” he analyzes the reasons that led Barroso to anticipate his retirement. And he assesses the change in the profile of the ministers appointed by Lula to the Supreme Court – today, 4 of the 11 ministers who went to the Court were appointed by the president: Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Cristiano Zanin and Flávio Dino.
Original title: A saída antecipada de Barroso e o futuro do STF
Original description: Convidado: Felipe Recondo, jornalista e pesquisador da história do STF. nunciada na quinta-feira (9), a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso abre caminho para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça uma nova indicação ao Supremo Tribunal Federal. Indicado pela presidente Dilma Rousseff em 2013, Barroso teria direito a ficar no Supremo até 2033 – quando completará 75 anos. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Felipe Recondo, jornalista que pesquisa a história do Supremo. Recondo retoma qual é o perfil de Barroso, relembra posicionamentos do ministro em julgamentos históricos e aponta o que esperar da Corte a partir de agora. Ele responde quais são as chances de cada um dos nomes mais especulados para a vaga de Barroso. Autor dos livros “Os Onze” e “O Tribuna: como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária”, ele analisa os motivos que levaram Barroso a antecipar sua aposentadoria. E avalia a mudança de perfil dos ministros indicados por Lula ao Supremo – hoje, 4 dos 11 ministros que foram a Corte foram indicados pelo presidente: Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Flávio Dino.